Raquel se norteia pelo álbum ‘Recanto’ de Gal Costa ao arquitetar disco solo feito com produção de Moreno Veloso

Raquel regrava ‘Autotune autoerótico’, música composta por Caetano Veloso para Gal Costa (1945 – 2022), no primeiro álbum solo Eduardo Pimenta / Divulg...

Raquel se norteia pelo álbum ‘Recanto’ de Gal Costa ao arquitetar disco solo feito com produção de Moreno Veloso
Raquel se norteia pelo álbum ‘Recanto’ de Gal Costa ao arquitetar disco solo feito com produção de Moreno Veloso (Foto: Reprodução)

Raquel regrava ‘Autotune autoerótico’, música composta por Caetano Veloso para Gal Costa (1945 – 2022), no primeiro álbum solo Eduardo Pimenta / Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Quatro anos após iniciar a carreira solo com single em que rebobinou com toque de funk uma rumba de Chico Buarque, Las muchachas de Copacabana (1985), Raquel Virgínia passa a se apresentar somente como Raquel e lança o primeiro álbum solo, Não incendiei a casa por milagre, às voltas com outra conexão com ícone da MPB. Ao arquitetar o disco, lançado ontem, 30 de maio, a cantora e compositora – revelada na banda paulistana As Bahias e a Cozinha Mineira (2011 – 2021) – se inspirou em um dos álbuns mais cultuados da discografia de Gal Costa (1945 – 2022), Recanto (2011). Raquel não somente convidou Moreno Veloso para orquestrar a produção musical do álbum na cidade do Rio de Janeiro (RJ), como regravou Autotune autoerótico (2011), uma das músicas inéditas compostas por Caetano Veloso para o disco que idealizou para Gal e que produziu com Moreno. “Nós optamos por fazer um rock sujo, moderno, urbano e bossa-novista, tal qual o feito em Recanto”, conta Raquel, que gravou o álbum com os toques dos músicos Bruno Di Lullo (baixo) e Domenico Lancellotti (bateria), ambos presentes na banda de Recanto (o disco solo de Raquel também tem a guitarra de Pedro Sá e as bases eletrônicas de Eduardo Manso). Se o álbum de Gal norteou a musicalidade do disco solo de Raquel, o título Não incendiei a casa por milagre e a capa foram inspirados pela obra do cineasta Pedro Almodóvar. O nome do álbum reproduz frase do recente livro de contos do artista espanhol, O último sonho (2023). Além da composição de Caetano Veloso, Raquel também regrava música obscura da parceria de Rita Lee (1947 – 2023), Vidinha, lançada no último álbum de estúdio de Rita, Reza (2012). Mas a maioria do repertório de Não incendiei a casa por milagre – situado na tênue fronteira entre álbum e EP por ter somente sete músicas e 28 minutos – é autoral. Raquel assina Ao vivo, Carne dos meus versos, Jogador de futebol, Monopólio e a música-título Não incendiei a casa por milagre. Capa do álbum ‘Não incendiei a casa por milagre’, de Raquel Virgínia Eduardo Pimenta / Divulgação